
O presidente Bolsonaro demorou para se manifestar após o resultado do 2º Turno, mas no final da tarde desta terça-feira (1º), saiu do silêncio, leu um discurso curto e bem construído, que ressalta mais uma vez o modo como liderou o país.
“As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os métodos da esquerda […]”, disse Bolsonaro.
Após o agradecimento pelos 58 milhões de votos recebidos, Bolsonaro destacou que quem o apoia, embora esteja com sentimento de injustiça, não pode usar a mesma forma de protestos que a esquerda utiliza, destruindo propriedades e cerceando o direito de ir e vir, por exemplo.
Nesse ponto, foi perfeita a colocação do presidente, pois os protestos de quem veste o verde-amarelo sempre foram pautados pela legalidade, ordeiros e pacíficos, e assim devem continuar a ser, sendo que a obstrução do direito de ir e vir é injusto e quebra com o sentimento de retidão que nutre o viés da direita.
Portanto, nas entrelinhas, deixou claro que é para deixar que certas ações continuem sendo da esquerda, que justifica suas ações deploráveis em nome da democracia, da liberdade e da igualdade. Somos diferentes.
“Nossa robusta representação no Congresso mostra a força de nossos valores: Deus, pátria, família e liberdade”, ressaltou o presidente.
Os valores, tão bem ressaltados por ele desde a primeira campanha para presidente, foram ditos com ênfase mais uma vez.
A falta de valores corrói a sociedade, não em um ou dois anos, mas uma geração inteira. Nos últimos quatro anos era raríssimo ouvir algumas clássicas frases ditas por aí: “roubar é normal”, “se os caras lá de cima roubam, então…” Ou seja, propina, desvios, corrupção em diferentes níveis etc. Vejamos um caso do passado que já mostra a sua cara novamente.
No discurso de Lula, após o anúncio de que havia vencido as eleições 2022, estava no palanque, logo atrás do Lula, ninguém mais, ninguém menos, que um dos principais protagonistas de escândalos de corrupção no Brasil, o deputado José Guimarães.
O parlamentar teve o seu chefe de gabinete preso em um aeroporto em 2005. Sob a cueca, foram localizados 100 mil dólares escondidos, e mais 209 mil dólares na mala de mão que carregava.
Segundo denúncia do Ministério Público, era dinheiro de propina do chamado mensalão. Contudo, como o caso prescreveu em 2021, ou seja, o tempo passou e não foi julgado, o deputado saiu ileso, sem que fosse comprovada a sua participação no crime. “- Mais uma daquelas histórias inacreditáveis de impunidade.”
Ou seja, de cara, um tapa na cara daqueles que apreciam um Brasil sem corrupção. – “Como torço para eu estar enganado com o futuro”.
“Sempre joguei dentro das quatro linhas […]. Enquanto presidente da república e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição”, afirmou Bolsonaro.
Nunca falou em acabar com a liberdade de imprensa, mesmo daqueles que jogaram o verdadeiro jornalismo no lixo e pregaram a parcialidade, promovendo publicidade negativa desde o primeiro dia de mandato do presidente Bolsonaro.
Nunca falou em censurar as mídias sociais, os influenciadores, como a Suprema Corte de infelizes o fez.
E mesmo que milhões de brasileiros esperassem um discurso diferente, convocando as Forças Armadas diante do contexto das eleições, com serenidade, falou em cumprir os mandamentos da Constituição. “- Se o STF tivesse essa coragem moral de cumprir o que a Constituição diz, Bolsonaro estaria eleito ainda no primeiro turno.”
Toda essa incerteza, pasmem, é porque um grupinho sustentou a ideia de que era desnecessário imprimir um pedaço de papel para cada voto, possibilitando a auditagem, se fosse necessário. Mais uma vez Bolsonaro queria a transparência, a certeza do resultado das eleições; mas nesse caso sim, não restou dúvida, foi vencido, e o voto impresso foi desconsiderado pela oposição e seus parceiros da corte. “- Mais uma infeliz coincidência de um contexto da vitória da esquerda!”
“É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade econômica, a liberdade religiosa, a liberdade de opinião, a honestidade e as cores verde-amarela da nossa bandeira”, finalizou o presidente.
Líder, sim, defensor na liberdade em amplo aspecto, não tenho dúvida. O final perfeito, penso eu, escrito calmamente, lido com serenidade.
“A esperança é a última que morre: Espero que Bolsonaro e sua equipe tenham uma carta na manga, esperando o momento oportuno, e seguindo os mandamentos constitucionais, revelem-na e revertam a situação no agora para evitar o caos do amanhã.”
Manifestação pacífica

Um exemplo de manifestação e apoio ao presidente Bolsonaro ocorreu em frente à Arena Jaraguá e ao 14º Batalhão de Polícia Militar, em Jaraguá do Sul, no final de tarde desta terça-feira, onde mais de uma centena de pessoas se reuniu, famílias, homens e mulheres de todas as idades.
Em comum a indignação com o resultado das eleições e a vontade de ver o Brasil no rumo certo. Eles conversaram e respeitosamente cantaram o hino de nossa gloriosa nação, olhando para o alto, em um “mastro” improvisado, de onde descia um longo tecido verde-amarelo que balançava inquieto ao vento gélido e molhado. “- A esperança também estava explícita em cada olhar.”
Excelente texto!
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