Por que meu voto é Bolsonaro?

Escolher um candidato é algo que vai muito além do agora, é algo que traz memórias escondidas em nossa mente, é fruto de uma visão de mundo passada diariamente nos canais de televisão, é a nossa experiência, cada um com a sua realidade, seja ela coberta de alegria, tristeza, expectativa de um futuro sonhado e soprado em nossos ouvidos por quem quer assumir o poder…

Cada um tem a sua realidade

Quando alguém manifesta o seu apoio a certos candidatos, fico imaginando os motivos, aqueles verdadeiros, que ela esconde.

Para ilustrar, cito um exemplo: quando algum artista que era endeusado e recebia muito bem para produzir uma novela, e passa a receber menos porque o governo não injeta dinheiro público para publicidade em uma emissora de TV; ou quando algum cantor que recebia muito dinheiro por lei de incentivo à cultura para produzir shows e viver uma vida em plena abundância, passa a receber muito menos por cortes de incentivo; e eles manifestam uma intenção de voto contrária ao atual governo, atacando impiedosamente qualquer fala, atitude, palavra ou gesto feito pelo chefe do executivo, acredito ser muito normal, pois a realidade desses famosos foi afetada diretamente. Agora, não são tratados como deuses como dantes, ou não recebem o quanto gostariam de receber.

Contudo, o poder que uma emissora de TV e suas afiliadas, revistas, jornais, rádios, possuem, é imenso, e eles sabem que a oportunidade de voltar com as regalias, nesse caso, ocorre na próxima eleição, em quatro anos.

Logo, lançar em cada reportagem, imagem, editorial, uma história forçada, muitas vezes até mentirosa, faz parte do plano de voltar ao estado da plena abundância e felicidade, do retorno do dinheiro dos cofres públicos, o nosso dinheiro.

O problema disso, é que esses falsos deuses continuaram influenciando a sociedade, ganhando menos, atingidos em seus egos, mas ganhando menos. Logo, o discurso de grande parte, querendo influenciar outros, é que tudo era melhor… e realmente era, para eles, em especial.

Claro que não só os grandes protagonistas tiveram cortes, os pequenos, aqueles que viviam do show também, desde o pequeno produtor de vídeos da cidade ao ator dos pequenos teatros.

Alguns procuraram se reinventar, outros simplesmente a praguejar.

Bom, esse é apenas um exemplo, de uma classe em específico.

Assim, diante disso, reafirmo que cada um tem uma realidade e defende aquilo que acha ser melhor.

Já fui PT

Há muito tempo, quando ainda começava a ter barba e não sabia nada da vida, e era morador de bairro humilde em uma cidade do interior do Paraná, a filosofia da esquerda foi-me apresentada, seja por colegas, no trabalho no bairro ou na faculdade, pelos discursos sutis de um ou outro professor.

Quanto ao trabalho, lembro bem, era informal, por hora, era chamado somente quando o movimento era grande, isso, lembro melhor ainda, fez com que eu trabalhasse até tarde da noite em um dia 24 de dezembro, e depois no dia 31 de dezembro. O proprietário da empresa, candidato na época pelo PT, era muito carismático e pagava corretamente as horas. – Memórias de um passado que, segundo o próprio PT de hoje, seria exploração!

Eu pouco me importava, era feliz, pois ganhava uns trocados. Na época, inclusive, cheguei a entregar santinhos para o tal candidato, que se elegeu ao executivo municipal.

Contudo, pelas escolhas feitas e a realidade enfrentada, o olhar amadurece, e o que parecia bonito, não passa de discurso.

Assim, em nível nacional, escândalos, milhões desviados com a esquerda no poder, corrupção a dar com o pé.

Quantos hospitais não poderiam ser construídos? Casas populares? Esgoto tratado? Empregos?

Direita, volver!

Mesmo tendo ficado na fila para pegar um litro de leite por programa social, quando recém tinha casado; mesmo tendo comprado um imóvel e carro, e ter “usufruído” da era PT, – lembrando que paguei juro e correção monetária pelos financiamentos, ou seja, não veio de graça -, percebi, mais uma vez, que o discurso é bonito e encanta, mas a realidade é bem diferente.

Então veio o discurso feio, muitas vezes com palavrões, bruto, confrontando a realidade até então enfrentada. A direita assumiu, Bolsonaro assumiu.

O cara perfeito? Não. Bem longe disso. Mas mostrou uma nova perspectiva e enfrentou problemas em seu mandato que se fosse seus antecessores, tenho convicção que hoje estaríamos lamentando uma realidade muito pior, mas talvez mais felizes, embalados pela mídia e sua publicidade vendida.

Foi a pandemia que atingiu a todas as famílias, de uma maneira ou de outra, a incerteza mundial diante da vacina, procedimentos corretos que ninguém sabia, medidas populistas ou medidas dignas de um ditador, mortes… E, agora, mais recentemente a invasão russa, trazendo instabilidade mundial. Claro, sem falar no posicionamento do Supremo Tribunal Federal, Novo Olimpo, que rasgou a Constituição em muitas decisões feitas para prejudicar o governo.

Se diante de todo esse cenário, estamos onde estamos, se comparados com inúmeros países em todo o planeta, fico imaginando onde estaríamos se não tivesse essas crises durante o primeiro mandato do presidente Bolsonaro! – Os Correios, quem diria, para citar um exemplo, de quebrado passou a dar lucro de 3 bilhões em 2022!

Bolsonaro foi perfeito? Claro que não, repito, ninguém foi e nem será no mundo político. Contudo, o modo como foi retratado durante esses quatro anos, tenho convicção, foi bem pior, e só contribuiu para que marchássemos em câmera lenta para uma realidade melhor ainda.

Quem não vê a realidade, vê TV

Para muitos, a escolha de um candidato para a eleição presidencial de 2022 iniciou há quatro anos, mas não pelo trabalho recém-iniciado, mas pelo que se mostrava diariamente na televisão:

“[…] O professor Laurindo Lalo Leal Filho, da Escola de Comunicações e Artes da USP e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Faculdade Cásper Líbero, de São Paulo, afirmou em recente palestra que a televisão brasileira está presente em mais de 98% dos domicílios brasileiros […]. É brutal a desigualdade em relação aos outros meios: a televisão fechada gira em torno de 4 milhões de assinantes, os jornais tiram em todo o Brasil algo como 6 milhões de exemplares diários, estima-se em 30 milhões o número de pessoas que têm acesso à internet, as revistas semanais vendem em torno de 1 milhão e meio de cópias, menos de 1% da população vai ao cinema (não chega a 200 o número de municípios com salas de exibição). Tirando a TV, os outros meios de comunicação atingem, no máximo, 15% da população brasileira. Com boa vontade, 30 milhões de pessoas em um universo de 180 milhões de habitantes. São 150 milhões que só têm a TV como janela para o mundo. Ai está o poder real do país“.

Assim, como dito lá no início, seguida da breve reflexão e sabendo do poder incalculável que a TV exerce na vida das pessoas, principalmente o canal que é o mais assistido, independente da qualidade da programação, mas pelo alcance e, para muitos, única fonte de informação, digo que o presidente desta nação merece nova oportunidade de mostrar o seu trabalho.

“Até o momento, é a única convicção que tenho, a de que irei renovar o meu voto em Bolsonaro. Já para os demais cargos, ainda permaneço na incerteza.”

Falsas memórias e memórias do porvir

Esse é o meu voto declarado, de acordo com a visão crítica de minhas experiências de vida, com o meu modo de ver a realidade, sabendo que o passado do PT não foi o paraíso que muitos tentam pintar; sabendo que o atual governo não foi a maravilha ardentemente sonhada, e ciente, sobretudo, que os próximos quatro anos serão decisivos para o Brasil e que não há uma receita mágica para que todos os problemas sumam e ocorra a abundância para todas as pessoas, e que muitos tentam apenas semear memórias de um porvir, de um futuro perfeito e nostálgico, com base em memórias do passado que não ocorreu.

Ao manifestar apoio em Lula, não sei quais as memórias que cada um evoca, nem os reais motivos, os verdadeiros por trás de uma frase crítica pronta, retirada de um título de Jornal Nacional.

O que eu sei são das minhas memórias e do que vivo e percebo hoje, então digo que prefiro continuar nessa caminhada ao invés de retroceder para um caminho que já provou não ser o adequado.

Para finalizar

  • Apoio a Lei Rouanet de longa data, destino parte do meu Imposto de Renda para algo desenvolvido no município, e irei fazê-lo até quando puder;
  • Não sou extremista, nem nunca fui, nem para a esquerda, nem para a direita;
  • Cada um tem a sua história, respeito. Cada um sabe onde aperta o sapato;
  • “Em terra de cego, quem tem um olho é rei, mas quem tem dois, passa por louco”, li há muito tempo em uma revista;
  • Ao apertar o “confirma” nesta eleição, esteja convicto que é a sua melhor escolha;
  • A minha bandeira é o Brasil!
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