Hoje, que cortei o cabelo, olhando-me no espelho vejo a felicidade estampada. “Juba aparada, finalmente!”
Olha que corto mensalmente, o mesmo corte, há 17 anos, dez minutos, no máximo, o tempo que fico sentado na cadeira do cabeleireiro.
Se já dá um certo alívio/alegria ao me olhar no espelho e ver o topete aparado, fico imaginando elas… as mulheres:
Que cortam, recortam, repicam, alisam, enrolam, descolorem, colorem, penteiam para cá, para lá e acolá, despenteiam, trançam, amarram, enloiram, enruivam, enegrecem, esticam, massageiam e fazem várias outras coisas que eu nem sei o nome!
Após essa jornada, literalmente cabeluda, fico imaginando quando elas se olham no espelho, acho que não é apenas alegria o que veem, é uma explosão de sensações! – “Para o bem dos cabeleireiros, espero que as sensações sejam positivas!”
Aliás, penso que esses profissionais, os cabeleireiros, devem estar entre as classes mais felizes, pois contribuem com a beleza e alegria das pessoas, principalmente das mulheres, é claro, que cortam, repicam, esticam…
Então, enquanto a calvície não me chega em demasia, alegro-me em ver os negros cabelos enquanto contemplo os brancos que já mostram a sua face, tentando entender as entradas que se aventuram cada vez mais…