Olho para você, garota, e vejo seus olhos aflitos,
O seu peito faz movimentos frenéticos em busca de ar,
Suas unhas já cravadas nas palmas de suas mãos
Ecoam a profunda dor do seu frágil espírito.
Ah, garota, corra para fora de si,
Faça seu coração galopar para a liberdade,
Atravesse o profundo oceano em busca do céu azul,
Corra, corra e olhe verdadeiramente para o seu passado.
Sabe, quando a vi pela primeira vez,
Seus olhos marejados já denunciavam a sua dor,
E naquele instante já evoquei a serena sobriedade,
Para encontrar o caminho e estancar o seu sofrimento.
Agora, aproveite, olhe para dentro de si mesma,
Ouça a voz de suas profundas lembranças,
Então eleve a sua melancólica voz e apenas fale,
Expurgando de uma só vez as mazelas de sua história.
Isso garota, corra para fora de si,
Saia de seus porões e busque o céu azul,
Ressignifique verdadeiramente o seu passado,
Para poder flutuar na mansidão da paz interior.