Deitado na rede, após um dia de trabalho, passando as notícias pela tela do celular, deparei-me com uma que me deixou perplexo, pois dizia que Lula estava livre, processos anulados e, consequentemente, elegível para 2022.
O dia Internacional da Mulher, 8 de março, tornou-se, uma pena, emblemático em tons de vermelho, não das lutas de outrora, mas de uma bandeira que insiste em tremular mesmo estando em farrapos.
O poder que um ministro do Supremo Tribunal Federal possui é hercúleo. Com suas próprias convicções pode, sozinho, com a sua caneta tinteira, mudar o destino de um país. – Nos dias atuais, nem o presidente da república goza de tanta expressividade com a sua cristal azul!
Quais foram os reais motivos que levaram o ministro Fachin a decidir monocraticamente pela anulação das condenações de Lula?
Diante de várias possibilidades de respostas, cerco-me de uma perspectiva que agora, novamente, toma a justiça brasileira:
“Roube milhões, mas nunca uma galinha.”
Lula Livre está! Os integrantes da Operação Lava Jato eram trapalhões que não perceberam algo, aparentemente tão simples, como exposto pelo ministro Fachin? Qual são os lances que o grande mestre togado está visualizando que não estamos percebendo?
A rede para de balançar, o meu chá de capim cidreira acaba, mas os pensamentos ainda não: para os de esquerda, a certeza da inocência. Para os de direita, a certeza do conchavo. A polarização que se acentua enquanto a bolsa cai, o dólar sobe, e a batalha de memes e emoticons avançam loucamente pelas redes sociais.
Lula Livre está! Agora, que se contrate um excelente publicitário, que se iniciem viagens, discursos e se produza uma boa campanha para 2022. – É tudo o que esperavam aqueles que nunca aceitaram o governo de Bolsonaro.
