Visualizar os jornais antigos é algo que gosto e sempre me faz pensar. Neste exemplo, ri muito.
Ao visualizar o jornal O Correio do Povo, de Jaraguá do Sul, edição do dia 8 de janeiro de 1920, de cara pensei que o município jaraguaense estava sendo atacado por zumbis, daqueles saídos da “Madrugada dos Mortos Vivos”, “Cemitério Maldito” ou os mortos andantes da décima temporada do “The Walking Dead”.
Embora a imagem seja algo que faça a gente levantar a pestana, na verdade, era apenas uma peça publicitária do Contratosse um xarope contra a tosse, bronquite, tuberculose, dentre outros males, como, inclusive, a “tosse rebelde”!

Mas o Contratosse não era o único remédio. Também havia o Elixir de Nogueira, um santo remédio para os mais diversos males:
“Latejamento das artérias do pescoço. Inflamações do utero. Corrimento dos ouvidos. Rheumatismo em geral. Manchas da pelle. Alfecções do figado. Tumores nos ossos. Cancros venereos. Ulceras. Tumores. Sarnas. […] e todas as molestias provenientes do sangue”

Para terminar, ainda havia a Lombrigueira do farmacêutico químico Silveira, que as mães de famílias deveriam dar a seus filhos para livrá-los “das terriveis lombrigas”.
Então fiquei imaginando o Elixir de Nogueira, o Contratosse e a Lombrigueira no mundo atual. Ah, meus amigos, algo que te livra de ser zumbi, que aniquila a tosse rebelde, que expele as terríveis lombrigas, e que te cura de praticamente todos os males, não teria doença que seria poupada! – Seria um baita de um kit para os dias atuais!
Imagem e conteúdo
Aliás, um elixir fabricado em um pequeno castelo saído de um conto de fadas, só poderia ser mágico mesmo.
“Só de ver o prédio, no Rio de Janeiro, onde o Elixir de Nogueira era fabricado, já faz até me sentir melhor!”
