Às vezes, comprar algo pela internet é uma verdadeira jornada, digna de heróis ou, no mínimo, de uma cobaia de um avançado teste de paciência. Algumas empresas ainda não perceberam que um dos pilares desse caminho digital é a celeridade. Mas vamos ao caso e ao aprendizado:
Resolvi acessar o site de uma empresa de Jaraguá do Sul, aliás, bem conhecida e com várias filiais pelo estado. No site não encontrei o que precisava, então liguei para o telefone da loja física e fui informado que o produto tinha no depósito. Ao questionar, fui informado que a única maneira de comprar era ir até a loja.
“Fique em casa!” foi o que pensei. Então acessei novamente o site e encontrei um número de WhatsApp com a seguinte chamada: “Televendas, de segunda a sexta-feira, das 8 às 18h30min”. “Eureca, era o que precisava!”, pensei sorrindo.
Enviei mensagem para o televendas às 11h11min. Recebi uma mensagem automática às 14h38min. Nesse horário, o sorriso já tinha sumido, mas pensei “agora vai!”. Um vendedor identificou-se às 14h43min e encaminhou-me um orçamento em PDF às 15h22min. “Para ser tão lento, acho que a empresa deu para esse atendente um 486 com internet discada. Só pode!”.
Já tinha desistido, mas, exatamente às 15h52min, em nova mensagem perguntei se poderia fazer o pedido. Eis que para finalizar essa trágica experiência de compras, recebo uma mensagem para avaliação de atendimento às 16h12min. Incrédulo, perguntei novamente sobre o pedido, e foi-me enviado novamente uma avaliação de atendimento às 16h20min.
Às 17h30min, minha esposa pegou o carro, foi até a loja no centro da cidade e resolveu tudo em menos de dez minutos.
Aprendizado: “A minha esposa resolve as coisas muito mais rápido do que eu!”. Sim, também, mas deixemos de lado esse detalhe. A questão é que se a empresa oferece um serviço como televendas, que realmente ela faça televendas. Isso é o básico.
Só sei que a imagem da empresa ficou maculada, a minha paciência foi testada e, é claro, não voltarei a utilizar o televendas que não vende nada.