Bolsonaro participa da Feira do Livro em Jaraguá do Sul

“O presidente Jair Bolsonaro participou no início da noite dessa sexta-feira (16), da Feira do Livro de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina.

Em palestra para um auditório lotado, Bolsonaro falou como está escrevendo um dos mais importantes capítulos da história no Brasil. O presidente também reforçou que conta com o apoio de todas as pessoas de bem, destacando a importante participação do povo jaraguaense nesse enredo.

Essa é a segunda passagem que Bolsonaro realiza em Jaraguá do Sul, a primeira vez foi em maio de 2017, quando ainda era pré-candidato à presidência.”

feira do livro

Esse breve devaneio bem que poderia ser verdade para dar um desfecho histórico para o enredo da 13ª Feira do Livro de Jaraguá do Sul, cujas linhas mal escritas estão deixando marcas na história, e que despertam algumas inquietações sobre a coordenação do evento:

Seria uma alfinetada do chefe do executivo municipal, que declaradamente apoia Bolsonaro? Seria uma alfinetada no povo jaraguaense que foi às urnas e votou em sua imensa maioria em Bolsonaro? Seria uma bofetada nas pessoas que vestem verde e amarelo e pacificamente vão para as ruas de Jaraguá do Sul toda vez que é para apoiar o governo e pedir um Brasil melhor?

Seria tudo isso uma tentativa “lacrar” a Feira do Livro, considerando que esta é a 13ª edição do evento? Será coincidência que no logotipo o número 1 esteja quase que em sua totalidade na cor vermelha?

feira do livro

Talvez nunca saibamos os reais motivos que levaram a organização da Feira do Livro de Jaraguá do Sul a convidar uma das protagonistas de oposição do atual governo federal. Talvez nunca saibamos se a resposta dada pela organização, quando decidiu cancelar o convite da jornalista, foi com o intuito de macular o povo pacífico de Jaraguá do Sul, que seria impiedosamente chamado pela mídia de “intolerante”, sem falar de algumas formas ofensivas.

Ao ser questionado sobre o episódio Feira do Livro em Jaraguá do Sul, o presidente Bolsonaro alfinetou a jornalista Miriam Leitão e, consequentemente, foi alfinetado pela Rede Globo. – Tudo dentro da normalidade.

Mas fica a reflexão de que os organizadores sabem muito bem que qualquer movimento nesse tabuleiro midiático pode causar uma série de consequências, ainda mais quando se fala em “cancelar o convite a uma jornalista/escritora”. Se o intuito era tornar a Feira do Livro famosa, conseguiram, mas por um viés obscuro.

Reforço que não conheço os organizadores da Feira do Livro, muito menos das opções políticas, filosóficas, partidárias ou seja lá que tema for; sei apenas que tomaram decisões que trouxeram consequências para a imagem de um povo ordeiro e trabalhador, que habita uma das cidades mais pacíficas do Brasil.

Bem que o final desse capítulo, ressalto, poderia ser em tons de verde e amarelo.

 

“O direito de se expressar é sagrado. Mas ao coibir alguém, não jogue a culpa de sua decisão em outros.”

Ps.: Se alguém tiver o Whats do presidente, pode me passar que eu convido!!!

 

A imagem de capa é um frame de um vídeo da palestra na SCAR realizada durante a passagem do então candidato Bolsonaro em Jaraguá do Sul, em 2017. Na mesa de honra, autoridades locais, estaduais e nacionais.

 

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