Minha alma navega em águas desconhecidas,
Meu corpo desfalece em tonturas e fraquezas,
Enquanto meus olhos buscam você.
Não posso acreditar nesta dor,
Outros falavam e eu apenas satirizava,
Mas você… você penetrou fundo em meu ser.
Eu ignorava a existência desses sentimentos,
Mas quando eles emergiram
Foi como se eu tivesse asas e não pudesse voar.
Antes não tivesse aberto os olhos para a vida,
Antes ficasse em minha solitária realidade,
Vivendo a vida na ilusão em Baco.
Agora estou aqui com os meus temores,
A morte, o álcool são meus únicos amigos
Um me entorpece, o outro me crava o punhal.
Aos poucos minha alma imerge na sonolência,
Enquanto meus olhos cerrados… ainda estão
Buscando você… apenas você.
Que com seus olhos azulados
Veio, conquistou e se foi,
Como a noite que parte ao amanhecer.
Mas não cessarei a busca,
Nem que seja, para mais uma vez,
Contemplar o seu cândido sorriso.